sexta-feira, 21 de novembro de 2008

SEPARAR PARA RECICLAR


Venho falar um pouco sobre a temática dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) e da reciclagem.

Estive a pesquisar alguns dados relativos a quantidades de RSU produzidos no concelho de Braga, tendo recorrido aos dados disponibilizados no sítio do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Existem dados relativos ao ano de 2005, com actualizações realizadas no dia 15 de Maio de 2007 e são os seguintes:

Braga
Produção anual de RSU – 66.171.000,00 kg;
Produção anual per capita – 385,00 kg;
Recolha selectiva anual per capita – 32,00 kg.

Analisando estes valores posso concluir que somente 8,00% dos resíduos produzidos por cada bracarense, são colocados selectivamente em ecopontos.

Proponho um aumento dos 8,00% para os 15,00% de resíduos selectivamente separados e colocados nos respectivos ecopontos. Cada bracarense produz diariamente 1.058,00 gramas de RSU colocando somente 88,00 gramas desses resíduos nos ecopontos. Vamos tentar passar das 88,00 para as 159,00 gramas colocadas em ecoponto diariamente.

Dos 1.058,00 gramas de RSU produzidos, posso afirmar que seria possível reciclar e valorizar a sua quase totalidade, se tivéssemos a nossa disposição um sistema de recolha de resíduos orgânicos, resíduos esses que perfazem mais de 50% em peso dos resíduos por nós produzidos diariamente. Fui informado que a BRAVAL vai brevemente ter em funcionamento um sistema de compostagem nas suas instalações, assim sendo, já nos será possível separar e colocar em contentor próprio os resíduos orgânicos para posterior valorização.

Todos os dias tenho o cuidado de separar os resíduos de embalagens (plástico, papel/cartão e vidro) dos resíduos indiferenciados (orgânicos e outros). Vou me propor a elaboração de um estudo caseiro, que passo a descrever:

Vou separar de uma forma minuciosa, no período de uma semana (21/11/2008 até 28/11/2008), os resíduos de embalagens que podem ser colocados em ecopontos, dos resíduos sem aproveitamento possível no sistema existente no concelho de Braga (BRAVAL) e disponibilizarei os dados e conclusões neste mesmo blogue.
Objectivo - Separar e colocar em ecopontos 15% dos meus resíduos produzidos numa semana.

Sabiam que:

“A partir de uma tonelada de casco (vidro velho), pode produzir-se uma tonelada de vidro novo. Trata-se de um rendimento de 100 %, logo uma situação extremamente favorável à indústria do vidro de embalagem. Para obter a mesma quantidade de vidro a partir de matéria-prima seria necessário 1,2 toneladas da mesma”.

“Por cada 10 % de casco adicional que é introduzido num forno, obtém-se 2,5 a 3,0 % de poupança no consumo de energia. Caso fosse possível obter casco em qualidade e quantidade suficiente, para ser 100 % o valor de incorporação deste num forno, então a poupança seria de 25 a 30 %”.
Fonte: www.netresiduos.com

Como podem constatar a separação selectiva tem um propósito, reciclar para reduzir as necessidades de matérias-primas na produção de produtos, resultando numa diminuição das agressões ao ambiente.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Análise às Sondagens


Encerraram, recentemente, as duas sondagens que aqui estavam abertas à participação de qualquer visitante.

Os nossos agradecimentos, desde já, a todos os votantes.

Analisando agora as respectivas sondagens:

Quanto à pergunta de qual seria o outro desporto que deveria ser disponibilizado no Complexo Desportivo da Rodovia, o Voleibol de Praia foi o desporto que mais se destacou na votação, obtendo 53% das preferências. Em seguida, o Râguebi obteve 26% e o Basquetebol fecha o pódio com 20% das preferências.
Fica assim expressa a ideia de que este complexo desportivo poderia e deveria providenciar outro tipo de desportos aos seus utilizadores.


Quanto à questão de se saber se Braga necessita de mais espaços verdes e de lazer, aqui os participantes nesta sondagem e os seus votos não deixam margens para qualquer dúvida, 96% dos votantes acham que Braga necessita de mais espaços deste tipo.

Esperemos que os líderes do actual executivo camarário estejam atentos às vontades e necessidades dos Bracarenses, que mais uma vez mostraram aqui nesta sondagem a vontade de ter mais e melhor qualidade de vida. Infelizmente e perante os constantes actos de autismo e prepotência destes líderes, pouco me admira que estas preocupações e anseios legítimos caiam no esquecimento de uma memória já gasta por 31 anos marcados pelo estilo da política de betão armado…

Que 2009 traga consigo os esperados ventos de mudança, e que estes venham de encontro às esperanças legítimas de todos os Bracarenses!

sábado, 15 de novembro de 2008

HORTA À PORTA?!


Existem hortas nas densificadas malhas urbanas de algumas das grandes Cidades portuguesas.

Não são hortas comuns, não sendo necessário ser dono de um terreno ou viver em meios rurais para poder exercer a prática do cultivo (Agricultura Biológica). Basta ter as pessoas certas, nos locais certos, à hora certa. Pessoas criativas, que estejam no seio das câmaras municipais, empresas municipais ou juntas de freguesia, onde muitos assuntos se decidem, visto terem ao seu alcance as ferramentas necessárias para colocar em prática actividades, que tornam as sociedades mais dinâmicas e mais próximas do ambiente que as rodeia.

Existe um projecto denominado “Horta à Porta” que foi posto em prática na Região do Grande Porto, sendo o projecto dinamizado pela LIPOR em parceria com alguns municípios e juntas de freguesia da região.

Este projecto consiste na promoção de actividades como a compostagem caseira, na criação de Hortas e na promoção da Agricultura Biológica.

Passo a transcrever do sítio da internet “www.hortadaformiga.com” os objectivos do projecto:

“Na prática, este projecto pretende disponibilizar talhões de aproximadamente 25 m2 a particulares interessados em praticar a agricultura biológica e a compostagem. Ao receber o talhão de terreno, os futuros agricultores recebem também formação em agricultura biológica (para amadores!). Queremos proporcionar a todos a possibilidade de cultivarem a sua pequena horta, com a garantia de qualidade dos produtos, de melhor saúde e ambiente”.

Será possível tal prática no centro da Cidade de Braga, onde tudo quanto é terreno não edificado é potencialmente uma área de edificação?

Parece um projecto utópico aqui por estas bandas mas ouvi dizer que o D. Sebastião vem a caminho.

Para quem quiser perceber melhor como funciona este projecto e ler o Regulamento Geral, que explica como se pode obter a custo zero ou quase, a exploração de um talhão de terreno, entre outras questões, podem-no fazer clicando na seguinte hiperligação:

http://www.hortadaformiga.com/conteudos.cfm?ss=7